quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Concurso vai escolher logomarca dos 100 anos do Teatro Deodoro

Foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (20), o Edital do Concurso da logomarca para os 100 anos do Teatro Deodoro, promovido pela Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal). As inscrições serão de 20 de outubro a 20 de novembro e podem ser feitas nos Correios, no próprio Teatro Deodoro, ou na Direção Artística das 10h às 17h.

A exigência no edital é que o interessado em participar do certame tenha idade acima dos 18 anos e que seja residente em Alagoas há pelo menos dois anos.

“Essa foi a melhor forma de selecionarmos a arte dos 100 anos, democraticamente, e esperamos que nesse período de um mês de inscrições, recebamos os mais diversos designers para escolhermos a arte que melhor representar a mensagem do centenário do Teatro”, explicou Juarez Gomes de Barros, diretor-presidente da Diteal que administra os Teatros Deodoro e de Arena Sérgio Cardoso.

O resultado da seleção será publicado no dia 4 de dezembro e a premiação em 11 de dezembro deste ano. O escolhido será agraciado com o prêmio de R$ 2.500 e uma placa comemorativa aos 100 anos.

“É uma forma de envolvermos a comunidade desde agora para o centenário do Teatro Deodoro, e qualquer um pode participar, seja amador ou profissional, o que importa é criatividade e não o currículo do inscrito. Sei que temos muita gente boa em Alagoas na área das artes visuais e designer gráfico”, salientou o diretor-artístico da Diteal Alexandre Holanda.

A logomarca escolhida será utilizada em todo o material de promoção e divulgação dos 100 anos do teatro. O edital e a ficha de inscrição também estão disponíveis no site www.teatrodeodoro.al.gov.br. Mais informações pelo telefone: (82) 3315-5665.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Prédio da Escola Técnica de Artes da Ufal continua emperrado


Há quase três anos, se arrasta a construção do simples prédio da Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Depois de várias pausas por falta de dinheiro e entraves burocráticos, a obra parece estar na reta final. Mas ninguém sabe dizer ao certo quando a escola começa a funcionar nas novas instalações, ao lado do Espaço Universitário Cultural, na Praça Sinimbu.

As paredes estão prontas e pintadas, portas e janelas instaladas e o letreiro na fachada vermelha indica a finalidade da construção. Mas a corrente e cadeado no portão de entrada continua firme e forte. Não existe nada definida para o prédio ser habitado por alunos e professores, muitos recém-aprovados em concurso público.

De acordo com a Superintendência de Infraestrutura da Ufal (Sinfra), o trabalho do projeto original já foi concluído. Agora aguardam novos recursos para ampliação e adequação de alguns espaços do prédio. Essa missão, segundo a Sinfra, é de responsabilidade da professora Nara Salles, diretora da escola.

Instalações antigas

Na época, o prédio estava sem piso, forro, central de ar condicionado e faltavam ser resolvidos problemas elétricos e hidráulicos. A Escola Técnica de Artes ainda tenta vencer a imensa burocracia para se transformar numa nova unidade da Ufal. Para isso, é preciso elaborar o regimento e os projetos pedagógicos dos cursos que serão oferecidos. Em seguida, toda a documentação será enviada para análise e aprovação da Câmara Departamental e do Conselho Universitário.

Quando estiver funcionando, o novo espaço dedicado ao ensino das artes em Alagoas vai oferecer aos alunos laboratórios de cenografia, expressão cênica, vocal, informática e salas para as aulas teóricas.

Hoje, alunos, professores e técnicos estudam e trabalham nas pequenas e mal equipadas salas no antigo Departamento de Artes, que funciona praticamente nos fundos do Espaço Universitário Cultural, na Praça Sinimbu.


Por Roberto Amorim

Alagoas ganha onze novos Pontos de Cultura

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) oficializa hoje a segunda etapa do convênio com a Rede Alagoana de Pontos de Cultura. Mais onze Pontos de Cultura vão ser beneficiados com assinatura do documento que vai garantir o apoio sistemático às atividades desenvolvidas junto à comunidade nas áreas de arte e educação, cidadania com cultura e cultura com economia solidária. A solenidade acontece às 10h, no Salão de Despacho Floriano Peixoto, no Palácio.

Nesta segunda etapa serão beneficiados os novos Pontos de Cultura das cidades de Água Branca, Boca da Mata, Coqueiro Seco, Igaci, Ibateguara, Santa Luzia do Norte, Paripueira, Teotônio Vilela e Maceió. Os municípios de Maceió e Água Branca estão contemplados com dois pontos cada um.

De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, cada um dos Pontos de Cultura selecionados vão receber um total de R$ 60 mil/ano, durante três anos, sendo R$ 40 mil do Ministério da Cultura e R$ 20 mil de contrapartida do Estado. “Iniciamos as atividades do programa com 26 Pontos de Cultura, número que passa agora para 46 novos espaços de acesso aos bens culturais e valorização de manifestações culturais locais”, destacou Viégas.

Na primeira etapa, nove dos 20 Pontos de Cultura, das cidades de Chã Preta, Lagoa da Canoa, Maceió, Porto Real do Colégio, Palmeira dos Índios, Coruripe, Junqueiro e Estrela de Alagoas, foram contemplados.

De acordo com a superintendente de Formação e Difusão Cultural, Catarina Labouré, foram várias as etapas de seleção, desde a publicação do edital, em novembro de 2008, passando pelas oficinas de orientação para elaboração de projetos e plano de trabalho, até a divulgação dos 20 selecionados de um total de 68 inscritos.

Para o presidente do Ponto de Cultura Face a Face, Elvis dos Santos, o convênio vai possibilitar que o projeto atenda a mais pessoas. “Além dos cursos e oficinas ofertados, temos a ideia de produzir um documentário apresentando os contrastes da comunidade antes e depois da implantação do projeto, há 8 anos”, ressaltou o presidente.

O Face a Face, Ponto de Cultura de Maceió, atua com idosos dos bairros do Tabuleiro dos Martins, Antares e Benedito Bentes. “Os idosos são nossas fontes de saber. Através deles podemos resgatar a nossa cultura”, enfatizou Elvis.

A música popular e erudita não foram esquecidas. O Ponto de Cultura Música para Todos, do município de Teotônio Vilela, vai ampliar o número de crianças e jovens que participam das aulas de violão, teclado, bateria e instrumento de sopro. “Atualmente atendemos em média a 150 pessoas. Com o convênio, a nossa meta é chegar a 500 participantes”, acredita Giovani Santos, presidente do ponto.

Segundo ele, o recurso também vai permitir a aquisição de novos instrumentos e ajudar na formação da Orquestra de Flauta e produção de um cd com as músicas das crianças.
O programa Pontos de Cultura é desenvolvido pelo Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e tem a finalidade de valorizar as iniciativas em prol da comunidade, na capital e no interior.

Confira os novos Pontos de Cultura

1. Engenho da Serra (Água Branca)
2. Teia Cultural (Água Branca)
3. Girassol de Cultura (Boca da Mata)
4. Notas de Esperança (Coqueiro Seco)
5. Meninos do Sítio (Igaci)
6. Resgatando a Cultura para o Novo Tempo (Ibateguara)
7. Fala Quilombo (Santa Luzia do Norte)
8. Casa de Cultura de Paripueira (Paripueira)
9. Música para Todos (Teotônio Vilela)
10. Caminho da Cantoria de Viola (Maceió)
11. Face a Face (Maceió)

Instituto realiza Mostra Cultural no Farol

O Instituto da Visão irá realizar de 19 a 30 de outubro a segunda edição de sua Mostra Cultural. O evento ocorre na sede do instituto, localizada na avenida Santa Rita de Cássia, 239, Farol. As visitas são abertas e podem ser feitas de segunda a sexta das 8 às 19 horas e aos sábados pela manhã.

A arte deve fazer parte do cotidiano das pessoas, quando elas menos esperam deparam-se com diferentes formas de arte ao seu redor. Esta é a proposta do projeto, inserir a arte em lugares inusitados, como no Hospital dos seus olhos, em que a arte vem até você.

Este ano a Mostra também conta com fortes nomes da produção artística em Alagoas são eles Celso Brandão, Dalton Costa, Delson Uchôa, Lula Nogueira, Marcus Plech, Maria Amélia Vieira, Maria Cleto, Martha Emília, Naná Loureiro, Orlando Santos, Sandra Quintela de Aguiar, Sueli Bandeira, Tânia Pedrosa, Tchello d'Barros e curadoria de Fredy Correia.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Reforma do Teatro Deodoro é retomada

As obras da reforma do quase centenário Teatro Deodoro foram retomadas na manhã desta quinta-feira, dia 8. A empresa A-Quatro Arquitetura e Construções tem prazo de 90 dias para concluir os serviços que foram paralisados em dezembro passado, devido ao não cumprimento contratual pela primeira empresa, que iniciou a reforma em abril de 2008.

A obra diz respeito à troca do antigo telhado pela instalação de telhas termo-acústicas na área referente à platéia e ao Salão Nobre. “Estamos felizes com essa retomada das obras, pois é um compromisso nosso, a DITEAL e do Governador Teotônio Vilela, em reabrirmos o Teatro Deodoro com todo seu brilho, mais seguro e mais moderno, para comemorarmos em 2010, o seu primeiro centenário, com muita arte e com o povo alagoano presente”, declarou o Diretor-Presidente da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (DITEAL), Juarez Gomes de Barros, que administra os Teatros Deodoro e de Arena Sérgio Cardoso, enquanto acompanhava o início dos trabalhos dos operários.

A A-Quatro é a mesma empresa responsável pela obra de restauração da Igreja Matriz de Porto Calvo (AL) e da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Marechal Deodoro (AL).

Mais trabalho

Outra empresa que iniciará seus serviços na próxima semana é a IMPRECAR Comércio e Serviços, vencedora da licitação e que será a responsável pela implantação do projeto anti-incêndio e anti-pânico do Teatro Deodoro, projeto que nunca havia sido implementado no Teatro, e fez com que o Corpo de Bombeiros o interditasse no final do ano de 2007.

Além destas duas grandes obras, outros serviços estão para começar: a reforma do Salão Nobre do Teatro; restauração das cadeiras e poltronas; troca dos carpetes, veludos e cortinas e compra e instalação de novos equipamentos de som e iluminação, modernizando também toda a caixa cênica.

A previsão da DITEAL é que no final de maio ou início de junho de 2010, o Teatro Deodoro seja reaberto, pronto para os festejos dos 100 anos e para a continuidade da política de formação de platéia e popularização do acesso ao teatro.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Livro percorre 100 anos da pintura alagoana




Lançado há quase uma década, o livro “Visualidade” (editora Escrituras) continua sendo a maior e mais rica trilha para os interessados na pintura. A obra é fruto da inquietação acadêmica da professora Célia Campos. O texto de fácil leitura cumpre a missão de refazer o longo percurso de 100 anos (1892 – 1992) da produção pictórica alagoana.

Para ir tão longe, ela mergulhou numa intensa pesquisa bibliográfica. Não à toa, passou oito meses imersa em jornais antigos do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. O resultado tem trechos reveladores, como os anos de 1930 e 1940. Nessa época foram realizados vários eventos como a Arte Nova, organizada por Lourenço Peixoto, uma das figuras mais importantes da pintura local.

Já a década de 80 é marcada pelo surgimento de grupos como Vivarte e Cruzada Artística. Ambos trouxeram um proposta desestabilizadoras, questionando uma realidade muito bem comportada.

“Como das manifestações artísticas a pintura é aquela que tem um desenvolvimento mais sistemático e contínuo, foi possível fazer levantamentos, leituras comparativas e análises críticas da produção nos últimos cem anos”, diz a professora da Universidade de Minas Gerais, que trabalhou na Ufal durante mais de uma década.

Selo de artista

Munida dos conceitos da Sociologia, Célia Campos considera a arte como uma resposta ou fruto do meio. Em outras palavras, uma consequência social, econômica e cultural de um dado momento histórico. A partir daí, foi possível constatar, no século pesquisado, uma arte alagoana predominantemente elitizada.

“É uma arte tradicional e amarrada no gosto de uma determinada elite da população, uma pequena parcela que que compra e encomenda quadros. Como existe outra parcela totalmente separada do fazer artístico, podemos dizer que a arte alagoana é elitizada. Dentro desse contexto, os movimentos questionadores são sempre muito tênues”.

De acordo com ela, a falta de atitude profissional é um dos grandes problemas do cenário artístico de Alagoas. “Na arte contemporânea o artista precisa estar consciente das suas ideias, daquilo que quer expremir. Não adianta ver a inspiração como um dom, algo divino. O trabalho artístico é um trabalho de profissão”, afirma Célia Campos, que tirou dinheiro do próprio bolso para transformar a pesquisa em livro.

Sem meias palavras, a exigente professora de História da Arte nunca considerou artista os que pintam sem a consciência do ato criativo. Usa critério claros para avaliar os trabalhos artísticos com os quais se depara.

“Sempre coloco o artista dentro de uma dada realidade, num determinado momento histórico e num espaço geográfico. Depois avalio até onde domina tecnicamente o material usado, e o último passo é a qualidade expressiva da obra. O artista quem usa arte como terapia, hobby, ilustração, não é artista”.


Por Roberto Amorin

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Artes plásticas: novas exposições ocupam três espaços

Nas últimas semanas, Maceió deu uma renovada nas exposições do pequeno circuito de mostras temporárias. Trabalhos de artistas e estilos diferentes estão ocupando três espaços significativos da cidade. Em todos, a visitação é gratuita e oferece ao público mais atento e paciente boas surpresas.

O percurso das artes plásticas pode começar na Pinacoteca Universitária, na Praça Sinimbu. Os três grandes salões brancos estão abrigando as instigantes criações de Alice Vinagre. Para Maceió, a artista paraibana radicada em Recife trouxe a série de trabalhos intitulados “Anotações sobre pintura”.

No recorte do universo dela, predominan o azul, o vermelho e suas variações. Cores e formas se relacionam de forma ambígua, que não levam a certezas ou afirmações. A mistura, a experimentação e a liberdade são os ingredientes mais fortes do combustível do processo criativo de Aline Vinagre.

“Barroca em sua natureza, esta obra nos apresenta curvas, bifurcações, linhas interrompidas, dilatações, sentidos e inclinações diversos, em que a visão estrutural de eixos e simetrias é negada, revelando sempre aspectos renovados e perturbando as regras da conformidade”, define a professora Maria do Carmo Nino.


Grandes dimensões

Em Jaraguá, os históricos galpões da Fundação Pierre Chalita ganharam fôlego com 27 trabalhos do artista que dá nome a fundação; 25 telas dos séculos 19 e 20 de Daniel Bérard e seis de Isa Bérard. A mostra impressiona pelas dimensões dos trabalhos da série “Do Paraíso – Brasil 500 Anos”, de Chalita.

Pintadas no ano de 200 em Maceió, as telas chegam a quase três metros de altura e dois de comprimento. Os temas passeiam nos cinco séculos do país tropical descoberto por Cabral, como a chegada da fé católica na terra dominda por índios, o Tratado de Tordesilhas, os Bandeirantes, o açúcar e os navios negreiros.

“É impressionante a visão do artista sobre esses fatos históricos. As pinceladas fortes, as figuras marcantes e a mistura das cores nos leva a imediata reflexão”, diz a estudante Ana Cecília Rodrigues, 19 anos, que estava pela primeira vez diante dos quadros de Chalita.

A mostra ainda oferece ao público telas do acervo da fundação, que geralmente não são expostas. Na lista estão “Cristo no Horto das Oliveiras” (Madri – Paris, de 1957), “Le portrait de Paulina” (Paris, 1957) e “Le Tilleul” (Salies de Bèarn (FR), 1959).

No galpão destino a Daniel Berárd (1846 -1910), se destacam a representação de santos da fé Católica (Nossa Senhora das Candeias, Santo Inácio Loila) e a série de retratos dos membros da família Vandesment.


Na Pajuçara

Recém-inaugurada, a Galeria do Centro Cultural do Sesi está abarrotada de exemplares dos muitos caminhos que podem ser trilhados diante dos trabalhos de Rosivaldo Reis. Não à toa, a curadora da galeria, Viviane Duarte, intitulou a exposição de “Metamorfose”.

“É a face mais contemporânea do artista, que está sempre em estado de modificação, transformação, encontrando novos rumos numa trajetória cheia de boas surpresas”, diz Viviane, que prepara edital para ocupação do espaço dedicado as artes plásticas na Pajuçara.

Além das 17 telas, a mostra ainda revela uma espécie de instalação nascida espontaneamente no ateliê do artista e transferida para a galeria. São dezenas de objetos de naturezas distintas e, aparentemente, sem relação entre si. “A composição desses objetos refletem o espírito liberto e sem normas rígidas a seguir. O artista busca inspiração no cotidiano e tudo pode ser o ponto de partida para novas criações”.



SERVIÇO

“Anotações sobre pintura”

Na Pinacoteca Universitária, praça Sinimbu

Visitação até 30 de outubro, de segunda a sexta-feira, 8h30 às 12h30 e das 14h às 18h

“Chalita – Bérad”

Fundação Pierre Chalita, em Jaraguá

Visitação até 30 de novembro, de segunda a sexta-feira em horário comercial; sábado das 8h às 12h

“Metamorfose”

Galeria do Centro Cultural Sesi, na Pajuçara

Visitação até 16 de outubro